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MANIFESTO

MANIFESTO – NÚCLEO FEMINISTA DA FDUL

“Ser feminista é a única forma de agir contra as premissas do Estado patriarcal”

Há 3.2 milhões de anos vivia Lucy, a primeira mulher hominídea de que há registo. Em 1405, Christine de Pisan defendia os direitos das mulheres e criticava a misoginia, tendo por isso ficado conhecida como uma das primeiras feministas. Em 1692, mulheres eram julgadas como bruxas em Salem. Em 1792, Mary Wollstonecraft publicava “Uma vindicação dos Direitos das Mulheres”. Em 1907, criava-se o Grupo Português de Estudos Feministas. Em 1911, celebrava-se pela primeira vez o Dia Internacional das Mulheres. Ao longo dos tempos, muitas mulheres corajosas lutaram pelos nossos direitos, numa luta longa que conta já com quatro vagas, mas que continua sempre.

Enquanto mulheres, continuamos a viver o machismo, o sexismo e o assédio, tanto dentro da Academia como fora dela; continuamos com pouca representatividade em lugares de relevo, mas não desistimos. Almejamos uma Academia justa e igualitária! Queremos uma Academia capaz de agir contra as queixas apresentadas! Reivindicamos os direitos formais da mulher!

Primeiramente, é importante referir que o nosso Núcleo se identifica com um feminismo interseccional, abordando – para além do género – temas como a raça, a classe e as capacidades físicas e mentais, bem como os vários outros padrões culturais de opressão. Acreditamos em feminismos, e entendemos que a forma como o patriarcado é vivenciado depende dos vários tipos de opressão a que uma mulher é sujeita. Assim, estaremos dispostas a pôr em cima da mesa temas importantes que afetam uma grande parte des alunes na nossa Faculdade, como o racismo, a xenofobia, a pobreza e a sexualidade.

O Núcleo Feminista da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa está disposto a lutar pela igualdade de género e a criar um espaço seguro para as mulheres, não esquecendo os homens afetados pelas circunstâncias do patriarcado. Pretendemos apoiar as vítimas dentro da Faculdade que sofrem abusos, físicos ou psicológicos, causados pelo pensamento patriarcal inerente à Academia.

Não nos iremos focar apenas na Faculdade, comprometendo-nos a estar atentas ao que se passa dentro da Universidade e na nossa cidade. Estaremos ainda conscientes dos panoramas nacional e internacional, participando ativamente sempre que nos for possível.

O Núcleo será um espaço de empoderamento feminino, partilhando e apoiando projetos de mulheres, trazendo testemunhos e criando um ambiente de sororidade.

Assim, exigimos uma educação igualitária, representativa e inclusiva, esperando que a Academia possa ser um espaço seguro para todas, todos e todes –  e que sejam trazidos a debate temas essenciais que necessitam de ser esclarecidos e desconstruídos!

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